A 11ª reunião do LMI Tapioca em Recife
O LMI TAPIOCA realizou sua décima primeira reunião bienal para fazer um balanço das atividades desde sua criação. De 2 a 4 de outubro, ocorreu a décima primeira reunião do LMI TAPIOCA em Recife, com a presença de Flávia Lucena-Frédou, Secretária de Estado do Ministério da Pesca do Brasil, Moacyr Araujo, vice-reitor da Universidade Federal de Pernambuco, e Abdel Sifeddine, representante do IRD no Brasil.

Esta reunião bienal tem como objetivo reunir os membros do LMI para promover interações multidisciplinares, desde processos físicos até atividades humanas.

Inicialmente centrado no Nordeste, nos últimos anos o LMI expandiu suas atividades até a foz do Amazonas, especialmente através da campanha AMAZOMIX.

No total, cerca de 100 pessoas participaram presencialmente em Recife ou por videoconferência.

Os participantes O LMI TAPIOCA reúne:

  • O Departamento de Oceanografia (DOCEAN) da UFPE, o mais antigo (1952), maior e mais renomado centro de oceanografia do norte e nordeste do Brasil.
  • Dois Departamentos, Pesca e Aquicultura (criado em 1970) e Estatística e Informática, da UFRPE.
  • Quatro unidades mistas de pesquisa (UMR) do IRD, UMRs LEGOS, LEMAR, LOCEAN e MARBEC, envolvendo pessoal do IRD e de outros institutos franceses (CNES, CNRS, IFREMER, MNHN) e universidades (UBO, UM, UPMC, UPS).

Também estão associados:

  • No Brasil: Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE); Universidade Federal da Bahia (UFBA); Universidade Federal do Maranhão (UFMA); Universidade Federal do Pará (UFPA); Universidade Federal de Rio Grande (FURG); Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA); Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
  • Na França: as UMRs ESPACE-DEV, GET, IMAGO, LOG, LOPS, MIO, CECB, bem como o MERCATOR Ocean.

Objetivos

O LMI Tapioca é organizado em dois eixos interconectados.

  • O primeiro tem como objetivo a observação em diferentes escalas das estruturas e dinâmicas oceânicas.
  • O segundo aborda as mudanças na ocupação do espaço por seus “usuários”, diferentes organismos marinhos e pescadores, utilizando marcadores naturais e artificiais. Por fim, a modelagem em diversas formas (conceitual, estatística, numérica) é transversal no Tapioca.

Pesquisa Científica

As atividades do LMI TAPIOCA estão prestes a revolucionar o conhecimento sobre os ecossistemas marinhos do Norte-Nordeste do Brasil (publicações), abrangendo desde a descrição das correntes marinhas até a biodiversidade. Como exemplo, uma dezena de espécies de peixes e duas espécies de camarões foram descobertas.

A integração interdisciplinar, intrínseca ao LMI TAPIOCA, leva o grupo a abordar de forma única processos inovadores no funcionamento dos ecossistemas marinhos tropicais. O grupo evolui assim da ciência regional para a ciência de ponta mundial (estudo de processos), passando pela Ciência Aberta. De fato, o LMI TAPIOCA pretende ser um motor nos aspectos éticos da ciência moderna e busca sistematizar o livre acesso às suas pesquisas, especialmente por meio da publicação livre e disponibilização de dados (data) e scripts usados para analisar os dados.

Fortalecimento de Capacidades

O fortalecimento de capacidades e o desenvolvimento de novas disciplinas, como a acústica ecossistêmica, são pontos centrais do laboratório. Até o momento, sete pós-doutorados e 57 estudantes (20 de doutorado, 21 de mestrado, 16 de graduação), brasileiros e de outros países da América Latina, África ou Europa, são supervisionados por membros do LMI Tapioca. O LMI também está muito envolvido no desenvolvimento da cultura científica e realiza ações em vários fronts, incluindo dispositivos digitais (ver aba “ciências para todos”).