Observatório da biodiversidade: BIOARP une cientistas e comunidades no estudo da pluma do Amazonas

Do 25 ao 30 de agosto a jornada BIOARP – “Padrões de biodiversidade na pluma do rio Amazonas: uma abordagem transdisciplinar” foi organizada em parceria entre o ISARH-UFRA (Belém, Brasil) e o IRD Brasil, com financiamento do projeto FEFACCION. Integrada às atividades do Laboratório Conjunto Internacional TAPIOCA, a iniciativa combina pesquisa científica, treinamento e divulgação sobre os impactos físicos, biogeoquímicos e ecológicos da pluma do Amazonas no contexto das mudanças globais.

BIOARP 2024.

A primeira edição, concebida como uma escola de verão aconteceu do 5 ao 9 de agosto de 2024 e concentrou-se tanto na realização de seminários científicos — voltados a conhecer melhor os trabalhos de pesquisa de cada participante e a apresentar técnicas emergentes em ecologia marinha — quanto no treinamento em métodos de amostragem de plâncton. Também foi dada atenção especial ao diálogo ciência-sociedade, a fim de compreender as expectativas das comunidades costeiras e aprender sobre suas percepções em relação aos impactos das mudanças globais nos ecossistemas aquáticos.

A segunda edição aprofundou esses intercâmbios, priorizando discussões com as comunidades locais sobre a possibilidade de construir um observatório participativo da biodiversidade na foz da bacia do Maracanã (PA), dentro da Reserva Extrativista. Essas trocas entre o conhecimento científico e o saber tradicional permitiram identificar um gradiente de ambientes relevante para observação e estudo, relacionado à distribuição dos manguezais e à captura do caranguejo — um dos principais recursos da região —, que inicia seu ciclo de vida como larva no plâncton. Assim, elaborou-se um roteiro preliminar de amostragem das comunidades planctônicas e das condições físico-químicas, com o objetivo de fornecer uma descrição de base deste ecossistema para futuros monitoramentos, além de oferecer formação prática a estudantes e gestores locais, com potencial de dar continuidade ao trabalho. Paralelamente, o BIOARP promoveu atividades de extensão em escolas do município de Maracanã e da vila insular de Fortalezinha, ampliando o conhecimento sobre o plâncton entre as novas gerações e fortalecendo, assim, a cultura oceânica na região.

Participantes 2025:

  • Claire Carré – IRD UMR MARBEC (coordinatrice) – claire.carre@ird.fr
  • Xiomara Díaz – UFRA (coordinatrice)
  • Gabriela Figuereido – UFPE
  • Camila Artana – IRD UMR LOCEAN
  • Martine Couapel, IRD UMR MARBEC
  • Barbara Dunck – UFRA
  • Everton Tosetto – UFPE
  • Paula Campos – UFRA
  • Edson Vasconcelos – UFRA
  • Bianca Bentes – UFPA
  • Hericton Raiol, enseignant et responsable du club scolaire de sciences (contact pendant les activités du Maracanã)
  • Mayara Alves de Brito, enseignante et responsable du club scolaire de sciences
  • Trícia Palheta, Coordinatrice de la défense civile de la municipalité de Maracanã
  • Les élèves des écoles de Maracanã et Fortalezinha
  • Les étudiants en écologie du plancton des UFRA et UFPA