Os estuários no Brasil são, em sua maioria, afetados pela ação humana devido ao lançamento de efluentes industriais e domésticos.

Em dois desses estuários, o Estuário do Canal de Santa Cruz e o Estuário do Rio Sirinhaém, historicamente afetados pela poluição por mercúrio e pela indústria da cana-de-açúcar no Nordeste do Brasil, foram avaliadas a poluição ambiental utilizando biomarcadores histopatológicos no fígado e nas brânquias de peixes de diferentes níveis tróficos. As amostras de fígado apresentaram danos graves, como esteatose hepática, necrose e infiltração.

As brânquias mostraram alterações de moderadas a graves, como desprendimento de células epiteliais, aneurisma lamelar e ruptura do epitélio lamelar. A maioria das alterações no fígado e nas brânquias foi observada nas espécies C. undecimalis e G. stomatus, consideradas boas indicadoras de poluição.

A combinação de metodologias de biomarcadores foi eficiente no diagnóstico dos danos graves às espécies, reforçando a necessidade de monitorar a saúde dos ecossistemas avaliados.