LMI Tapioca’s project with artisanal fishermen from Rio Formoso is finished

Após 16 meses de pesquisas e produções, o projeto do LMI Tapioca sobre a percepção dos pescadores artesanais de Rio Formoso – PE em relação às mudanças globais foi finalizado. No dia 26 de novembro, apresentamos os resultados à Colônia de Pescadores Z-7, que participou das atividades da extensão durante o período de setembro de 2020 a novembro de 2021.

Cerca de 30 pescadores locais foram entrevistados pela equipe de pesquisa, formada por Sara Cavalcanti, Tarsila Lima, Karla Albuquerque e Ana Cecília de Araújo, que aplicou questionários com perguntas sobre a identificação pessoal, produto, consumo, impactos antrópicos, mudanças climáticas e expectativas. A quantidade de entrevistas coletadas representa quase 10% do total de pescadores cadastrados na colônia.

Com os resultados da pesquisa, foi possível mapear os locais de origem de impactos antrópicos nas atividades pesqueiras, produzir uma cadeia de valor sobre a distribuição do pescado na região e gerar gráficos sobre a percepção dos pescadores a respeito das mudanças ambientais e mudanças nos recursos pesqueiros. A partir desse banco de informações, a equipe iniciou também a produção de um artigo científico com o objetivo de levar os resultados para a comunidade acadêmica.

A equipe de comunicação, formada por Aline Melo e Ricardo Lemos, apresentou as produções audiovisuais realizadas para o projeto. O principal produto foi o podcast “Dentro da Pesca Formosa” , com cinco episódios que falam sobre as histórias de Rio Formoso, as mulheres na atividade pesqueira, o engenho Siqueira, a tradição e a ancestralidade da pesca, além das perspectivas futuras da profissão comentadas por pesquisadores da área de educação e engenharia da pesca. As entrevistas gravadas em vídeo estão disponíveis no Youtube e o registro fotográfico virou um álbum de presente para a colônia. A apresentação realizada na colônia pode ser assistida também no nosso canal (linkar ou incorporar no texto.

O trabalho de comunicação foi planejado também para o perfil do instagram do laboratório (@lmitap), produzindo conteúdo sobre pesca artesanal. Episódios de podcast e entrevistas foram compartilhados na plataforma para alcançar um público além da universidade e da comunidade pesqueira.

O  principal objetivo dos projetos de extensão é unir a universidade com a sociedade, promovendo a troca de conhecimentos entre as pessoas envolvidas. É essencial que todo trabalho realizado junto a comunidade gere um retorno não só acadêmico, mas também social. Por isso, o encontro com os pescadores em Rio Formoso para mostrar os resultados alcançados e o material produzido foi uma conexão importante para os profissionais entenderem o que foi feito com a participação deles e como o diálogo entre as duas partes pode fortalecer a luta pelos direitos dos pescadores.

É uma forma de agradecer também a participação da colônia e tudo que foi ensinado durante esse processo. A equipe pode conhecer o extenso estuário do município, sua história e tradição, infância, juventude e ancestralidade que envolvem a pesca artesanal no local.

O projeto teve coordenação geral de Marcus André Silva, Tônia Astrid, Latifa Pelage e Cristiano Lopes, com apoio financeiro da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da Universidade Federal de Pernambuco (Proexc-UFPE) e do Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento – IRD França.